Nas provas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) é usada a teoria de resposta ao item (TRI). Segundo o Ministério da Educação (MEC) esse método garante a isonomia das provas mesmo se aplicadas em períodos diferentes.
A TRI baseia-se em modelos matemáticos que permitem a elaboração de provas diferentes com o mesmo grau de dificuldade. O modelo é baseado em três parâmetros gerais — grau de dificuldade da questão, nível de discriminação (o quanto o item consegue diferenciar o quanto o candidato sabe ou não) e a probabilidade de acerto ao acaso (chute).
Testadas antes da prova, as questões ganham um peso que varia de acordo com o desempenho dos estudantes nos pré-testes — quanto mais alunos acertam uma determinada pergunta, menor o peso que ela terá na prova. Isso porque o grau de dificuldade é supostamente menor.
Grau de dificuldade
Uma questão que teve baixo índice de acertos é considerada “difícil” e, portanto, tem mais peso na pontuação final. Aquelas que têm alto índice de acertos são classificadas como “fáceis” e contam menos pontos na nota final do candidato. Dessa forma, dois participantes que acertaram o mesmo número de itens poderão ter médias finais diferentes, dependendo do nível de dificuldade de cada uma dessas questões.
Na TRI não existe uma pontuação máxima e mínima que o candidato pode atingir – com exceção da redação, que não é corrigida por esse modelo e cuja nota varia de 0 a 1000. A partir das notas obtidas pelos participantes, o Inep constrói uma escala de notas máximas e mínimas que permite ao aluno comparar seu desempenho com o dos demais estudantes. Essas informações também são divulgadas com os boletins individuais.
No ano passado, por exemplo, a nota mínima em Matemática foi 313,4 e a máxima 973,2 pontos. Já em linguagens variou de 254 a 810,1 pontos. Em Ciências Humanas, a maior nota foi 883,7 e a menor 265,1 pontos. Na prova de Ciências da Natureza os desempenhos variaram entre 297,3 e 844,7 pontos.
Estudantes poderão analisar desempenho
No próximo ano, de acordo com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do Ministério da Educação responsável pelo Enem, o candidato terá acesso a uma escala, pela qual saberá em quais áreas obteve melhor desempenho, assim como ocorre no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), também do MEC, que mede o desempenho de estudantes do ensino fundamental e médio.
A aplicação da teoria da resposta ao item é frequente nas avaliações em testes de múltipla escolha aplicados em diversos países. No Brasil, a TRI é usada desde 1995 nas provas do Saeb. Em 2009, foi usada no Enem para garantir a comparação das notas do exame daquele ano com os seguintes.
Texto: Site Vestibular do Pará
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